📍 Caravelas - Sindicato volta a se reunir com o prefeito para reivindicar pagamentos

Por SINDACESB

Na manhã da sexta-feira, 14 de Fevereiro, do corrente ano, representantes do SINDACESB, da FEDACSE-BA, da CONACS e da CUT-BA reuniram-se com o prefeito de Caravelas, Dr. Adauto (PSD), para tratar do pagamento dos salários atrasados de dezembro e da aprovação da Lei Municipal do Incentivo Adicional de fim de ano, que não foi sancionada pela gestão do ex-prefeito Sílvio Ramalho.

O atraso no pagamento dos servidores municipais gerou grande apreensão entre a categoria, que cobra soluções urgentes. Representantes da APLB/Sindicato também participaram da reunião, reforçando a reivindicação pelo pagamento dos salários atrasados e dos precatórios dos professores. Durante o encontro, o prefeito Adauto destacou que herdou uma prefeitura com dificuldades financeiras significativas, atribuídas à gestão anterior.

Na sala como prefeito

Diante das cobranças, o sindicalista José Félix ressaltou a necessidade de sensibilidade na resolução do impasse, lembrando que os servidores são mães e pais de família que dependem dos seus salários.

O prefeito reforçou que reconhece a gravidade da situação, mas afirmou: "Como vou quitar uma dívida de R$3 milhões e meio, sem ter o dinheiro?". Ele explicou que a solução viável no momento é o parcelamento da dívida.

Durante a reunião, a colega Suely, delegada local do SINDACESB, (ACS ), de saúde, questionou como a prefeitura poderia realizar ensaios de Carnaval enquanto os servidores seguem sem receber. 

Momentos da reunião

O prefeito respondeu que o evento tem um custo baixo, de aproximadamente R$12 mil, e gera movimentação econômica na cidade, beneficiando o comércio local e a própria arrecadação municipal.

Félix enfatizou que investimentos na categoria não impactam o índice de pessoal da prefeitura e alertou para um problema estrutural: a contratação de profissionais sem processo seletivo, o que pode ser resolvido com a efetivação dos mesmos, através de um novo Processo Seletivo. Ele também destacou que essa prática tem levado o Ministério da Saúde a negar repasses ao município.

O sindicalista denunciou ainda a cultura administrativa que trata servidores como um custo e não como colaboradores essenciais e que necessitam de  investimentos. "Quando se investe na categoria, quem ganha é o município", afirmou Félix, que também sugeriu ao prefeito estabelecer desafios para melhorar o atendimento às populações vulneráveis, como moradores da zona rural, hipertensos, diabéticos e pessoas com deficiência.

Ele propôs, ainda, a adoção do Agente de Combate às Endemias (ACE) como controlador de endemias e zoonoses. Dessa forma, Félix reforçou que os sindicatos estão dispostos a colaborar de forma intersetorial para ampliar a arrecadação municipal. 

Com os trabalhadores na Praça

Na saúde, propôs o mapeamento de pacientes crônicos, e na educação, a identificação de crianças fora da escola e de adultos que possam ingressar na Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Ao final da reunião, Félix sugeriu a criação de uma comissão para discutir a reforma do estatuto dos servidores, eliminando discrepâncias e desigualdades, e defendeu a regularização do vínculo empregatício de uma servidora prejudicada por gestões passadas e políticas.

O prefeito reafirmou o compromisso de pagar os salários atrasados assim que for possível e garantiu que, em março, fará um saldo para iniciar o parcelamento da dívida. Ele também marcou uma nova reunião com os sindicatos para o dia 10 de março, quando trará uma devolutiva mais concreta sobre o pagamento dos atrasados.

Com os trabalhadores no gabinete

Após o encontro no gabinete, os diretores sindicais se dirigiram à Praça da Matriz, onde informaram os servidores que aguardavam do lado de fora sobre os encaminhamentos da reunião. 

Para José Félix, coordenador geral do SINDACESB e diretor da FEDACSE-BA e da CONACS, a reunião foi um passo importante para a resolução dos problemas enfrentados pelos servidores municipais. Mas  infelizmente ainda não podemos contar com o apoio significativo das categorias, na hora de demonstrar força com a Gestão municipal.

 "Os colegas ACS's e ACE's, não entenderam o que significa: JUNTOS SOMOS MAIS FORTES." Ressaltou ainda: "Sindicato forte é sindicato com a participação de todos e em todos os momentos, principalmente nos mais difíceis." Que os colegas possam despertar para a luta. Estamos em uma batalha e pela graça do nosso Deus em Cristo Jesus, nós vamos vencer. Amém.