Reunião debateu o uso de Vectobac em Teixeira de Freitas

 



Por SINDACESB 

Na  tarde desta segunda-feira, 11 de março, no auditório da UFSB,  os representantes do Sindicato do SINDACESB e da Federação dos Agentes Comunitários de Saúde e de combate  às Endemias do Estado da Bahia (FEDACSE/BA) marcaram presença em uma importante reunião convocada pela Secretaria de Saúde do município.

O encontro teve como principal foco a elaboração de estratégias para intensificar o combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue,  chicungunha e zika, bem como o debate sobre o uso do produto químico Vectobac.




Juntamente com os representantes sindicais e os trabalhadores da categoria, participaram da reunião Isabela Maria Gomes, coordenadora e representante do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) do município, e Sandro Calefi, diretor de Vigilância em Saúde da Prefeitura Municipal de Teixeira de Freitas.

Sandro Calefi iniciou a reunião destacando os números alarmantes de notificações das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti na região e elogiou o trabalho incansável da equipe de saúde pública, reconhecido pela população local.

O Secretário de Saúde, atento às demandas dos agentes de endemias, buscou ouvir suas dificuldades diárias e perspectivas para tornar o trabalho mais eficaz. As queixas dos trabalhadores foram diretas, apontando as condições precárias de trabalho, falta de ações coordenadas e déficit de pessoal, o que torna o serviço exaustivo e penoso.

Entretanto, o debate tomou um rumo particular quando o assunto se voltou para o uso do Vectobac. O Secretário defendeu veementemente a utilização do produto, respaldado pelas diretrizes do Ministério da Saúde. Enfatizou que a decisão foi tomada após consultas e considerações de toda a hierarquia da saúde, ressaltando que os registros de reações são mínimos em comparação com os benefícios do combate ao mosquito.


Daniel Rocha

Daniel Rocha, diretor do SINDACESB e da Federação Baiana, trouxe à tona os riscos inerentes ao manuseio do Vectobac na ausência de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados, alertando para os perigos tanto em nível micro quanto macro, desde a aplicação até o transporte e armazenamento do produto. Qual a orientação da federação é pela não utilização do produto sem as EPI 's adequadas e medidas de segurança especificadas.

Isabela Maria Gomes, representante do CEREST, reforçou a necessidade de se criar medidas para mitigar os riscos associados ao uso do Vectobac, garantindo segurança aos trabalhadores em caso de incidentes, e destacou a importância de se criar estratégias eficazes para o  combate ao mosquito e a adoção de medidas para redução de riscos no uso do produto.

Paulo Alves, diretor do SINDACESB e da Federação,  também presente na reunião, ressaltou mais uma vez os perigos do produto, questionando a fiscalização do seu uso correto e a assistência em casos de reações adversas, especialmente considerando a escassez de recursos nas unidades de saúde e outros pontos de socorro.  Também destacou que um debate amplo foi e vem sendo realizado na esfera do governo estadual que já sinalizou a substituição do produto, como já vem fazendo em alguns municípios baianos.


Paulo Alves


Os trabalhadores presentes manifestaram suas preocupações e disposição em colaborar com a formulação de novas estratégias. Alguns defenderam veementemente a posição do sindicato, enquanto outros expressaram disposição em utilizar o Vectobac, desde que recebam os EPIs necessários.

Na sequência, Isabela Maria,  do CEREST,  sugeriu uma reunião para a próxima sexta-feira (15) com alguns colegas da categoria e representantes sindicais, para debate e a formulação de estratégias e critérios para o uso adequado do produto.

Por fim, a reunião evidenciou a complexidade e sensibilidade do tema, deixando clara a importância do diálogo contínuo entre os órgãos de saúde, os trabalhadores e os representantes sindicais na busca por soluções eficazes para o combate às endemias, sempre com a segurança e o bem-estar dos trabalhadores em mente. 


Comentários

  1. Infelizmente não podemos contar sempre com os governantes nos embates, quando o pinto é a garantia da saúde dos trabalhadores e trabalhadoras. Principalmente quando se trata do Combate às Endemias. São anos de lutas pelo completar do quadro de pessoal. Trabalhar com áreas definidas, mantendo estes agentes em suas áreas e criando vínculo com suas comunidades. E ninguém nos têm dados ouvidos. Hoje, são colegas trabalhando doentes, desmotivados e agora obrigados a trabalharem em toda Bahia e Brasil, com um inseticida que trás sim riscos eminente à suas saúdes. Seguiremos alertando os prefeitos e o estado à suspenderem este veneno. E a comprarem o espinosade. Que tem eficácia e não coloca em risco a saúde dos nossos colegas Agentes de Combate às Endemias do Extremo Sul, da Bahia e do Brasil. Estamos na Luta e não vamos desistir. JUNTOS SOMOS MAIS FORTES E A UNIÃO FAZ A FORÇA. DEUS NO COMANDO SEMPRE. AMÉM.

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