PROGREDIR SEMPRE, REGREDIR JAMAIS
Por (Daniel Rocha)
Em 1962, havia, na Bahia, apenas 7.960 leitos hospitalares, sendo que 4.679 estavam em Salvador. Durante os primeiros anos da década de 1960, a capital contava com 1.163 médicos, para um grupo de 551 moradores. No Extremo Sul da Bahia, por outro lado, a média era de 01 para 38.394.
Nesse panorama de precariedade, os leitos hospitalares eram inexistentes, enquanto no estado a proporção era de 1,32 por 1000 habitantes e no Extremo Sul não havia um sequer.
Em 1955, havia, na cidade de Alcobaça, apenas um posto médico, o qual contava com a assistência diária de um enfermeiro e de um médico, o Dr. Almiro Cerqueira, por uma vez por semana. Apesar do absurdo desta situação, só na década de 1990 é que a cidade de Alcobaça ganhou, de fato, um hospital de porte. O hospital São Bernardo foi inaugurado no dia primeiro de junho de 1992 e construído pelas Cáritas Diocesana de Caravelas.
No último vinte e dois de outubro de dois mil e quinze, há exatos vinte dois anos da inauguração, a Associação dos Profissionais Trabalhadores da Saúde em Alcobaça e o Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde do Extremo Sul da Bahia – SINDACESB uniram e convocaram a sociedade civil organizada para reunião com o diretor clínico, Max, que atendeu à solicitação de participar do encontro.
A sociedade civil em peso, com a participação de, em média, quarenta entidades, tomou conhecimento durante a reunião de que a realidade do hospital, que funciona com recursos do SUS e da Cáritas, de fato, está mergulhado em dívidas e, com isso, estava com o seu funcionamento ameaçado.
Contrariando os rumores de que não havia mais soluções, a sociedade civil organizada propôs e optaram por soluções conjuntas. Foi formado, então, uma comissão para arrecadar fundos e acionar o poder legislativo. Cristóvão da Conceição Santos, agente comunitário de saúde, lembra de que a classe trabalhadora, sobretudo, os profissionais de saúde estão atentos a essa e outras situações.
Segundo José Félix, presidente do SINDACESB, a região está prejudicada pela falta de representação política. Segundo ele: “Infelizmente deputados estaduais eleitos não governam para quatrocentos e dezessete municípios da região e sim para suas bases”. José Félix destaca, também, que todo poder emana do povo e, diante dessa situação, cabe à sociedade dar os primeiros passos; sendo o dever do povo o zelo pelas instituições públicas para progredir sempre.
Para Aílton Agente de Saúde, o encontro foi uma e afirmação da importância da participação da sociedade civil na gestão do SUS. Criado do município e possui famílias no mesmo e agora com a oportunidade de atuar no mandado do Dep. Federal Jorge Solla, colocou-se à disposição no sentido de empenhar na busca de recursos, para atender a população.

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